11 de fev. de 2012

Samsung Galaxy Note: meio tablet, meio smartphone

 


Inaugurando um novo segmento no setor de mobilidade mundial, o Samsung Galaxy Note chegou ao mercado com um título até então desconhecido, o "tabletphone". Havia quem duvidasse do sucesso de suas 5,3 polegadas, mas a fabricante sul-coreana já provou que sua aposta foi certeira: 1 milhão de unidades vendidas antes de fechar o ano de 2011. Sua publicidade instiga o consumidor. "Tablet ou smartphone?", perguntam. Criado como meio termo entre os dois, a Samsung conseguiu oferecer um bom smartphone e um tablet ultraportátil em um mesmo eletrônico. E o futuro promete mais, já que o Galaxy Note receberá a mais nova versão do Android, também conhecida como Ice Cream Sandwic.

É impossível não começar o review do Galaxy Note por sua principal característica: a tela Super AMOLED capacitiva de 5,3 polegadas com tecnologia Gorilla Glass. Exagerada para um smartphone, pequena para um tablet, mas ainda assim confortável de se operar.
Graças à boa resolução desta tela, de 800 x 1280, a visualização e a navegação, bem como os widgets, ícones, menus e fontes, não dão a impressão de que foram esticados, como parecia no Galaxy Tab de 7 polegadas (com tela maior e resolução de 600 x 1024). A densidade do display também é a melhor que a Samsung já lançou até hoje, com 285 pixels por polegada - maior que a do Galaxy S II, com 217 ppi, e todos os seus tablets, com menos de 200 ppi.

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ab1j1WYpslb_vWRPmyzcNGvh6H2VJalCsWe0-KhDvmCcKu-0TBpzMDtmUvQ7mDP5G0xzVu93SfA9gOYeCXxvQ6mIIG2VHvhaK8SlLQclceMzbwBBI_uEydJZOt4v-7ogYhzYBO1pA8pX/s1600/EXCLUSIVO+-+PearHelp.jpg
A experiência de uso nesta tela de 5,3 polegadas é confortável e prazerosa, seja qual for a tarefa que você decidir desempenhar no Note. Ao ver vídeos, jogar games do Android Market ou editar planilhas e documentos, há um bom espaço para se usar as mãos operando o sistema sem fazê-las tapar a tela. Não há o risco de, por exemplo, "digitar" algo por acidente ao encostar o aparelho proximo à orelha.

A visualização e o brilho também são muito bons, bem como o sensor de luminosidade. Enxergar os itens da tela durante um dia bem ensolarado não deve ser um problema, bem como o uso em ambientes mais escuros. Neste ponto, a tela é muito bem balanceada e cumpre sua função com louvor.

A tela ocupa toda a superfície frontal do Galaxy Note. Há também o botão Home, na parte inferior; e o alto-falante para escutas na parte superior, próximo ao logo da Samsung, ao sensor de luminosidade e à câmera de videochamadas de 2 megapixels.


Na lateral esquerda, há os botões de volume; enquanto na lateral direita você encontra apenas o botão para bloqueio e desbloqueio da tela. Em cima, a entrada do fone de ouvido é discreta e é posicionada um pouco à direita, tendo como referência o centro do aparelho. Embaixo, centralizado, a única porta de conexão proprietária para carregar e fazer outras comunicações com o telefone divide espaço, à direita, com a entrada que esconde a S-Pen, a Stylus do Galaxy Note.

A espessura supreende com apenas 9,7 mm, e o peso de 178 g torna o uso confortável. Um detalhe que vale ressaltar é que, apesar do peso maior que o do Milestone (169 gramas), a interface maior distribui as forças como um todo, o que traz uma maior sensação de leveza.




No dia a dia é difícil esquecer sua presença. No bolso, volta e meia o 'tabletphone' parecia fugir, revelando-se por cima. O volume feito na calça não é tão chamativo para um olhar desatento, mas deixa claro o formato retangular chapado. A melhor opção é carregá-lo em um paletó ou dentro de uma bolsa.

Nem nas maiores mãos o Galaxy Note consegue ser abraçado por completo. Se você tiver um corpo com proporções normais ou pequenas, a ponta dos dedos apenas ajudará a equilibrar o aparelho como um todo. Isso não o impede de realizar um telefonema, por exemplo, mantendo os atalhos de discagem na parte de baixo para operar com apenas uma mão. Navegar, jogar ou consultar e-mails, no entanto, exigirá que você use a outra mão, sem dúvida nenhuma.

O processador é quase o mesmo do Galaxy S II, vencendo apenas pela frequência de operação: trata-se de um Exynos dual-core de 1,4 Ghz ARM Cortex-A9 (1.2 GHz no S II). Teoricamente, parece pouca a diferença, mas os testes comparativos revelam uma performance surpreendente.

No Quadrant, o Galaxy Note registrou 3.493. No Neocore, o teste gráfico da Qualcomm, ele registrou capacidade de rodar gráficos a 52.3 FPS (o iPhone 4S e o Galaxy S II conseguem chegar a 60 FPS). No Smartbench 2012, ele conseguiu registrar 3.149 pontos em Produtividade (Galaxy S II com 2.763; Motorola RAZR 2.514), e 1.411 em Games (S II com 1.722; RAZR com 2.637).

No geral, você não terá problemas com o Galaxy Note. Durante os testes, nenhum aplicativo travou por falta de processamento. O Android nele roda leve e com fluidez, e certamente você até achará o sistema até leve. As transições são boas, as respostas são bem precisas, e você sequer notará erros ou delay nos comandos ao tocar sua tela capacitiva.




A reprodução de músicas e efeitos sonoros é boa, sem distorções ou frequências altas dissonantes. No entanto, o desempenho não passa disso. A intensidade parece ser limitada, voltada mais para o uso moderado. Não espere ter o melhor player musical do momento. Nesse ponto, o Galaxy Note apenas cumpre razoavelmente bem essa tarefa.

Com uso intenso, a bateria do Galaxy Note durou o dia inteiro sem reclamar de falta de energia. Neste quesito, realmente, este tabletphone merece grande destaque. A questão é óbvia: com uma tela muito maior, seria mais do que necessário uma bateria melhor. A solução, no entanto, foi que a Samsung colocou uma bateria muito melhor. O valor "2.500 mAh" expressa bem essa sua autonomia (para efeitos comparativos, o Galaxy S II tem 1.650 mAh). Resultado em ficha técnica: 13 horas e meia em conversação ou 820 horas em stand-by (ambos no 3G). Na prática, é boa e você mal vai se preocupar com ela.