
Depois de ter anunciado a morte do Flash para disposivos móveis, a Adobe lançou uma nova versão para Android, que traz diversas  atualizações e correções. O Flash 11, embora seja a última versão  principal, não vai ser a última atualização de segurança, segundo a  companhia. De acordo com o site Mashable, o diretor da Adobe Brad Arki disse no Twitter que a empresa continuaria a liberar atualizações de segurança.
O Flash é suportado em dispositivos que rodam Android, o sistema  operacional móvel do Google, que é quem mais deve sair perdendo com o  fim do produto, depois da Adobe, claro. O Flash era usado como uma  estratégia de venda, uma forma de destacar e diferenciar smartphones e  tablets com Android dos produtos da Apple, uma vantagem que vai deixar  de existir e fazer com que os fabricantes criem novas formas de  diferenciar seus produtos, principalmente do iPad.
A Adobe anunciou na quarta-feira que iria descontinuar o  desenvolvimento do Flash Player para dispositivos móveis. Desde 1997, o  Flash vem desempenhando um papel importante na internet e ajudou a  alavancar experiências online como games e streaming de vídeo. Porém, a  Adobe não conseguiu transferir essa importância do Flash da web em PCs  para celulares e tablets.
Pode-se dizer que a morte do Flash foi uma vitória de Steve Jobs, que  não conseguiu viver tempo suficiente para ver isso acontecer. Jobs  sempre considerou o Flash um produto pouco confiável e não-adaptado para  dispositivos móveis. Isso porque, quando o Flash foi criado, foi  projetado totalmente para PCs, com uma CPU rápida e ligada na tomada,  relembra o TechCrunch. Celulares e tablets, pelo contrário,  dependem totalmente da vida útil da bateria para funcionarem e, por  isso, tem CPUs mais lentas para economizarem energia.
Com a diminuição da velocidade da CPU dos dispositivos móveis,  diminui também a capacidade gráfica do Flash, que ainda por cima aumenta  o consumo da bateria. Isso justifica a escolha da Apple para que  o  navegador Safari, que roda nos iPhones e iPads, não suporte páginas com  Flash Player.
Mesmo que isso signifique o fim de uma era, e o fim do suporte da  Adobe ao Flash em dispositivos móveis possa significar o desinteresse  pelo desenvolvimento de experiências web em PCs usando essa tecnologia, a  companhia se comprometeu a se focar no desenvolvimento do HTML5.
Como o próprio nome diz, a linguagem é a quinta versão do HTML, e  traz importantes mudanças quanto ao papel do HTML na web. Entre os  avanços do HTML5 estão o maior suporte gráfico e integração com  elementos de hardware, criando aplicações na web com gráficos 2D e 3D,  integrar busca por voz aos sites e até mesmo movimentar objetos em tela  conforme se move o notebook, por exemplo.

















